Crioprservação de Ovócitos ou Vitrificação



Vitrificação de Óvulos

Dentro das técnicas de Preserva da Fertilidade, a vitrificação de óvulos é a única que é no momento realizada na IVI. Trata-se de uma técnica indispensável, já que permite adiar a capacidade reprodutiva de uma mulher durante o tempo desejado, com as mesmas possibilidades do momento em que os óvulos são vitrificados.

A vantagem da técnica de vitrificação é que, dada a sua alta velocidade de refrigeração, se evita a formação de cristais de gelo, os quais podem danificar o óvulo ao lesionar as estruturas celulares, sendo esta a diferença em relação aos procedimentos de congelação lenta.

Os passos são os mesmos de um ciclo de FIV: estimulação do ovário com hormonas, aspiração dos óvulos, e em vez de os inseminar e fecundar, realiza-se a vitrificação (método cryotop), ficando armazenados posteriormente em nitrogénio líquido.
As indicações, além de preservar a fertilidade nas pacientes que irão receber tratamentos gonadotóxicos, são múltiplas e muito variadas, com o denominador comum de adiar a inseminação dos óvulos e/ou a gravidez.

Conseguiram-se taxas de sobrevivência dos óvulos de até 97%, depois da desvitrificação em pacientes jovens. Os óvulos podem manter-se crioconservados durante o período que a paciente desejar ou necessitar, não existindo uma limitação de tempo.
Um dos problemas da criopreservação de óvulos consiste na toxicidade dos crioprotectores. Esta toxicidade pode ser diminuída com uma mistura adequada de crioprotectores, ou através da utilização de sistemas com volumes muito pequenos, através dos quais conseguimos aumentar a velocidade de vitrificação e, por conseguinte, diminuir a concentração necessária do crioprotector.

Existem múltiplos dispositivos, mas o Cryotop é a melhor técnica disponível actualmente, representando a melhor alternativa para a criação de bancos de óvulos.

Resultados
Com a técnica do cryotop, conseguiram-se taxas de sobrevivência de até 97% em pacientes jovens (<35 anos), com taxas de gravidez de 65% e taxas de implantação de 40%.
Não se observaram diferenças estatisticamente significativas nas taxas de fecundação nem na qualidade embrionária, comparativamente com um grupo de óvulos frescos. Os dados referentes à taxa de gravidez e de implantação são comparáveis aos que se conseguem no nosso programa de doação de óvulos com óvulos frescos.

Analisando todas as idades, observa-se como a idade materna afecta negativamente a sobrevivência, apesar de os resultados clínicos serem similares aos esperados com os óvulos frescos nos mesmos grupos etários.

Nem se observaram diferenças nos pesos dos recém-nascidos vivos, tanto nas gestações únicas como nas gestações gemelares.

Indicações
A vitrificação dos óvulos é indicada:
- Nas pacientes oncológicas e não oncológicas que venham a receber tratamentos gonadotóxicos.
- Nas mulheres que desejam adiar a sua maternidade por qualquer motivo, para evitar os efeitos da idade.
- Nas pacientes nas quais preferiríamos realizar a transferência embrionária num ciclo distinto ao da estimulação folicular (risco de SHO, aparecimento de pólipos, hidrosalpingo ou hidrómetros, ausência de espermatozóides, etc.).
- Para acumular óvulos em pacientes com baixa resposta, ou para possuir uma quantidade suficiente destes, caso o objectivo consista na realização de um ciclo de diagnóstico pré-implantação.
- Para evitar os problemas éticos e legais da congelação de embriões.
- Na criação de óvulos.



Para mais informações consultem o site www.ivi.es

1 comentário:

SóniaGóis disse...

Olá Marina...
Tenho seguido o teu blog mas confesso k quando o vejo saio sempre com uma lágrima no canto do olho. Hoje não posso sair sem dizer-te ACREDITO QUE IRAS VENCER ESTA BATALHA... sempre foste uma miúda de garra e determinação. FORÇA...
Beijinhos do tamanho do mundo.
Sónia Góis "madeirense"