A minha Pucca...


Ola...
Ainda não vos tinha falado da Pucca.
E quem é a Pucca?
A Pucca é a minha cadela, uma labradora pretinha!
Para muitos, uma cadela como tantas outras, mas para mim ela única no mundo!

Como dizia a raposa ao principezinho:

"Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.

Foi o principezinho rever as rosas:

- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.

E as rosas estavam desapontadas.

- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa".

E a Pucca é a minha Pucca, ela cativou-me, ela esteve nos momentos bons e menos bons dos meus tratamentos, ela que tantas vezes devido a minha fragilidade física se punha ao meu lado na cama para eu me apoiar no seu lombo e conseguir levantar-me,ela que dormiu tantas noites do meu lado da cama e acordava para me cheirar!!

A minha Pucca que também foi apanhada por esta doença, estava eu no 3º ciclo de quimioterapia.
Lembro que notei que ela tinha um nódulo numa maminha e que o melhor era saber a opinião do Veterinário...
A triste noticia chegou e caiu-me como uma bomba!

Mais nããããooo!!!?!!!! As lagrimas corriam-me pelo rosto enquanto digeria a noticia, e ela, ela olhava-me com ar de ternura e preocupada sem saber o que realmente se passava!
Foi operada, cuidei dela e ela de mim,e hoje continua ao meu lado, uma lutadora, tal como eu!
A minha Pucca...



"E voltou, então, à raposa:

- Adeus, disse ele...

- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.

- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.

- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...

- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar."

4 comentários:

Rui disse...

...e eu sou responsável pela minha rosa!
Beijo

Anónimo disse...

Adoro o Principezinho.

E adorei este texto. tenho uma gata igual à tua cadela, toda pretinha. Os animais sabem ser bem mais humanos que muitos humanos, não nos abandonam e sofrem connosco, dando-nos força.

Um abraço.

tilida disse...

Olá Marina!
Sempre a acompanhar-te e a ler-te...
Nem sempre deixo registo,nem sempre sei o que escrever e não quero aborrecer-te.Mas...adoro o Principezinho e gostei da forma como o intercalas-te com a Pucca!
Caramba!
O que te aconteceu é surreal,ainda bem que o final é feliz!
Fico a pensar em cumplicidades e coincidências!!!
Vou falar da Pucca ao Arture (pastor alemão das mihas gémeas)...
E nem digo mais nada...
Arrepiante!!!

Ricardo Pereira disse...

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

Não te esqueças...

A vossa história, é um hino à forma como devemos lutar pela vida... vocês já conquistaram o direito a ter da vida o melhor que ela tem para ofercer.